sexta-feira, 13 de junho de 2014

Teatro do Paiol abriga evento literário sobre a obra “Martín Fierro”

“Martín Fierro Conversa com Simões Lopes Neto e Câmara Cascudo” é o evento literário que marca o lançamento, neste domingo (15) e segunda-feira (16), às 16h e 19h30, da versão para o português da obra “O Gaúcho Martín Fierro”, feita pelo paranaense Ciro Correia França, pela Travessa dos Editores. Obra de grande popularidade na Argentina, “Martín Fierro” é um poema de José Hernández sobre a causa revolucionária dos gaúchos dos pampas argentinos, publicado pela primeira vez em 1872. O evento acontece no Teatro do Paiol e tem entrada franca.
A ideia é apresentar o trabalho de tradução da obra muito conhecida do público ligado à cultura de fronteira do pampa, até pouco tempo restrita ao original em espanhol. Há raras traduções para o português, sendo a de Ciro França a mais recente delas. Martín Fierro é uma obra traduzida em mais de 77 idiomas e possui inúmeros apreciadores.
No evento, serão feitas quatro leituras públicas de trechos do livro de Ciro Correia França, e de obras do poeta gaúcho João Simões Lopes Neto e do antropólogo e historiador do Rio Grande do Norte Luís da Câmara Cascudo. As leituras serão feitas por Flávio Stein, leitores e músicos, num formato já utilizado com muito sucesso por Stein com outras obras literárias no projeto Brasis Plurais.
Haverá uma exposição de 52 desenhos a nanquim (0,60m x 0,50m) no hall do teatro, originais que ilustram a obra de Ciro Correia França e situam o público do desenrolar da obra poética. A leitura selecionará trechos das obras com familiaridades em pontos de convergência das poesias populares de Hernandez e Simões Lopes. Ambas trazem um cenário muito próximo – o do homem do campo da região da fronteira do Sul do Brasil e da Argentina.

Ao incluir “Vaqueiros e Cantadores”, de Luís da Câmara Cascudo, o projeto amplia os traços comuns da humanidade de Martin Fierro e do gaúcho de Simões Lopes ao colocá-los lado a lado com o homem do campo do nordeste brasileiro. Separados geograficamente, trazem muitos aspectos similares na essência dos personagens, na poesia e no ritmo.

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