quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Ano encerra com novas leis em favor da cultura

O ano termina com importantes avanços legislativos na área cultural, por iniciativa da Prefeitura e da Fundação Cultural de Curitiba. Nesta gestão, foram encaminhadas à Câmara Municipal projetos de lei – alguns já aprovados – que representam importantes marcos legais para a cultura da cidade. A Lei Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural e a Lei do Artista de Rua já estão em vigor. Estão em tramitação a reforma da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e as leis que instituem o Plano Municipal de Cultura, o Sistema Municipal de Cultura e o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos Funcionários da FCC.
Sancionada em março, a Lei Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural configura um marco para a conservação do patrimônio da cidade. A nova lei foi elaborada em conjunto pela FCC, a Secretaria Municipal do Urbanismo e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba e trata de aspectos fundamentais para a formação e a preservação da identidade da cidade e da memória afetiva dos cidadãos. A lei criou instrumentos fiscais que permitem a preservação dos imóveis e bens imateriais, e penalidades para os casos de não conservação das edificações de valor cultural, histórico ou arquitetônico. Também criou o Fundo de Proteção ao Patrimônio Cultural e o Conselho Municipal de Patrimônio.
A Lei do Artista de Rua (Lei Municipal nº 14.701) sancionada em 2015 e regulamentada em 2016 por meio do decreto 456/2016, garante a fruição cultural nos logradouros públicos das 8h às 22h, reforça os direitos e contribui para o sustento dos artistas de rua, pois prevê a possibilidade de comercialização de bens culturais autorais. O site da FCC ganhou link específico para cadastro dos artistas, com a finalidade de manter a atualização de forma eletrônica de informações que são utilizadas para fins de identificação, autorização e localização de artistas de rua. A cidade conta com 154 artistas e grupos cadastrados, dos quais 69 com autorização já expedida pela Secretaria Municipal do Urbanismo.

Em tramitação - A minuta da nova Lei Municipal de Incentivo à Cultura foi encaminhada à Câmara Municipal em junho de 2016. O processo democrático de revisão da Lei, conduzido pelo Conselho Municipal de Cultura, deu origem à minuta básica que compilou deliberações de conferências, reuniões, audiências e consultas públicas. A minuta que aguarda votação na Câmara Municipal já é considerada uma das mais modernas legislações de fomento à cultura do país.
Em setembro, a Fundação Cultural encaminhou aos vereadores o Plano Municipal de Cultura. Aprovado na V Conferência Municipal de Cultura, realizada em dezembro de 2015, o texto será o instrumento de planejamento, afirmação de direitos culturais e de organização das políticas públicas no prazo de 10 anos, valendo entre 2016 a 2026. Esse era um dos requisitos a ser cumprido pelo município de Curitiba para sua integração plena ao Sistema Nacional de Cultura. O outro era a lei de formação do Sistema Municipal de Cultura, cujo projeto também foi encaminhado e está tramitando no Legislativo.
Os dois documentos foram elaborados depois de ampla discussão em debates, conferências e audiências públicas com todos os setores envolvidos – classe artística, produtores, representantes das comunidades dos bairros, Conselho Municipal de Cultura e o poder público. “Quando assumimos esta gestão firmamos um pacto pela maior participação popular na definição dos rumos da cultura curitibana. Todos que participaram ativamente deste processo contribuíram para a elaboração desses projetos”, diz o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli.
Protocolado na Câmara Municipal de Curitiba no início de abril, o Plano de Cargos, Carreira e Remunerações da Fundação Cultural de Curitiba também está em fase de tramitação legislativa. “Com isso, encerramos o ano e a gestão com mais uma missão cumprida, conforme o compromisso que assumimos com os servidores da cultura, cientes da necessidade de valorização e reconhecimento dessa categoria tão especial dentro do quadro geral de funcionários da Prefeitura”, afirma Cordiolli.

Novos marcos legais da cultura:

Lei Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural
Lei do Artista de Rua
Nova Lei Municipal de Incentivo à Cultura
Plano Municipal de Cultura
Sistema Municipal de Cultura
Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos Servidores da FCC

Ópera de Arame recebe grande festival de música eletrônica nesta sexta

Um dos mais bonitos cartões postais de Curitiba, a Ópera de Arame recebe, no dia 23 de dezembro, uma incrível festa com a presença da “Madonna da E-Music”, a cantora americana Anabel Englund, conhecida por suas colaborações como vocal em músicas eletrônicas e presença nos maiores festivais do planeta. O Festival The Piano in Concert começa às 16h e vai noite adentro com a participação dos Dj’s Léo Janeiro (residente do Warung Club), Paulo Antonio, Gui Thomé e outros Dj’s de renome nacional.
O evento tem a organização da RRiA Ateliê de Ideias, comandada por Felipe Rigoni e promete agitar a véspera de natal dos curitibanos. Um cenário único, o palco da Ópera de Arame será produzido para receber o festival. Os ingressos estão sendo vendidos pelo Disk Ingressos, Tesoros de Cuba Batel e Torriton do Pátio Batel. A inteira feminina é R$110 e a masculina R$180. Tem direito a meia clientes Torriton, Tesoros de Cuba, Clube Curitibano, Country Club e estudantes. O lote pode subir sem aviso prévio, de acordo com a venda dos ingressos.

ANABEL ENGLUND - A cantora e compositora Anabel Englund nasceu em Nova York, em 1992, e foi criada em Los Angeles por uma família de artistas. Seu pai, Morgan Englund, foi um grande ator e cantor, assim como seu avô, George Englund, e sua avó, Cloris Leachman, ganhadora do Oscar em 1971. Anabel comumente fala em entrevistas que seu maior ídolo é a Madonna, assim, ficou conhecida como a Madonna da música eletrônica.
A cantora já fez participações especiais com diversos dj’s, entre eles Lee Foss, Hot Nature e Human Life. Seu último single solo lançado foi London Headache, em novembro de 2016, descrito por ela como uma “peça alternativa entre o pop e o house, com elementos de disco”. Seus hits de sucesso como Reverse Skydiving dominam as pistas de dança de todo o mundo.

O evento é indicado para maiores de 18 anos. 

Prêmio Arte Paraná leva espetáculos a 26 mil paranaenses

Nos meses de novembro e dezembro, a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) levou espetáculos de circo, teatro, dança e música a milhares de paranaenses por meio do Prêmio Arte Paraná. Foram 192 apresentações em 67 municípios com público de 26.152 expectadores. O investimento foi de R$ 450 mil.
Essa ação de circulação de espetáculos de teatro, música, dança e circo atende uma demanda de municípios com pouca ou nenhuma atração cultural, dando oportunidade para que a população desses locais tenha acesso às manifestações artísticas e culturais de outras regiões do Paraná”, explica o coordenador de Ação Cultura da SEEC, Rogério Tonetti.
Para o secretário João Luiz Fiani, o Prêmio Arte Paraná cumpriu seu objetivo. “Concebemos o prêmio como uma forma de levar espetáculos de qualidade para o maior número de municípios do Estado. Ao mesmo tempo em que preenchemos uma lacuna cultural também promovemos os artistas e produtores culturais paranaenses”.
Em Siqueira Campos, município da macrorregião nordeste o espetáculo Circo Espalhafatos na Comunidade foi apresentado no Lar do Menor Siqueirense para 230 crianças, muitas das quais nunca haviam tido contato com a arte circense. “O espetáculo foi muito bom e gratificante, visto que nossa cidade sofre com a carência de cultura e arte”, comentou a coordenadora-geral do Lar, Roseli de Almeida.
As diversas apresentações foram realizadas nas oito macrorregiões histórico-culturais do Estado e foram realizados nas cidades de Antonina, Apucarana, Arapongas, Astorga, Balsa Nova, Cambe, Campo Largo, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Centenário do Sul, Chopinzinho, Cianorte, Clevelândia, Colombo, Contenda, Cornélio Procópio, Coronel Vivida, Curitiba, Dois Vizinhos, Fernandes Pinheiro, Flórida, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Guaraqueçaba, Guaratuba, Ibiporã, Irati, Iretama, Ivaiporã, Jacarezinho, Jaguariaíva, Lapa, Laranjeiras do Sul, Londrina, Marialva, Maringá, Matinhos, Moreira Sales, Morretes, Ortigueira, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Piên, Pinhais, Pinhão, Piraquara, Ponta Grossa, Pontal do Paraná, Prudentópolis, Quatro Barras, Realeza, Rio Azul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Sapopema, Siqueira Campos, Telêmaco Borba, Tibagi, Tijucas do Sul, Toledo, Tunas do Paraná, Umuarama, União da Vitória, Wenceslau Braz.

PRÊMIO ARTE PARANÁ - O edital selecionou e premiou espetáculos de Circo, Dança, Música e Teatro, visando a circulação e apresentação em todo o Estado. Foram destinados R$ 450 mil para premiar 24 espetáculos. Os selecionados realizaram apresentações em diferentes regiões do Paraná.

Elton John e James Taylor se apresentam na Pedreira em 2017

Uma noite que vai permanecer para sempre na memória dos fãs. Sir Elton John e James Taylor finalmente voltam ao Brasil para quatro apresentações históricas. Com realização da Time For Fun, a estreia da turnê será em Curitiba, no dia 31 de março, no maior palco da América Latina, a Pedreira Paulo Leminski (Rua João Gava, 970). Após, segue para o Rio de Janeiro (Praça da Apoteose, 1º de abril), Porto Alegre (Anfiteatro Beira-Rio, 6 de abril) e São Paulo (Allianz Parque, 6 de abril).

ELTON JOHN – O multifacetado artista volta ao Brasil para um show aclamado por críticos e público, repleto de seus melhores hits, além da voz, simpatia e presença de palco de um dos melhores artistas de todos os tempos. Essa turnê leva o nome do seu mais recente álbum – “Wonderful Crazy Night”, seu 32º álbum, que já foi avaliado pela Rolling Stone como um dos melhores de sua carreira. Essa nova apresentação conta não somente com algumas músicas do novo álbum, como também com os maiores hits de mais de 50 anos de carreira.
Elton John é, sem dúvidas, um ícone da música e da história da música. Ele começou sua carreira em 1969 e desde então já fez mais de 4 mil shows em mais de 80 países. Elton é um dos artistas solo que mais vendeu na história, com 38 discos de ouro e 31 discos platina ou multiplatinados, além de ter entrado no Top 40 da Billboard 58 vezes nos Estados Unidos, e vender mais de 250 milhões de músicas no mundo todo. Ele é o autor por trás de sucessos grandiosos, como “Candle in the Wind” (1997) – o single mais popular de todos os tempos, “Your Song”, “Don’t Let The Sun Go Down On Me”, “Rocketman” e muitas outras músicas.
Além de tudo isso, Elton John levou o Grammy em cinco oportunidades, recebeu o prêmio Grammy Legend, um Tony, um Oscar e seu nome integra o Hall da Fama do Rock and Roll desde 1994.     
Para mais informações sobre o show e a turnê, acesse eltonjohn.com

JAMES TAYLOR – Sendo um artista que constantemente está gravando e em turnê, James Taylor marcou as pessoas com sua belíssima voz barítono e uma maneira distinta de tocar sua guitarra por mais de 40 anos, ao mesmo tempo em que teve uma profunda influência em diversos jovens músicos.
Durante todo o curso de sua carreira como artista e compositor, Taylor vendeu mais de 100 milhões de álbuns, recebendo os prêmios de discos de ouro, platina e multiplatinado, indo desde “Sweet Baby James” de 1970, até “October Road” de 2012. Em 2015, Taylor lançou seu primeiro álbum de estúdio em 13 anos, o “Before This World”, que acabou conquistando a primeira posição das paradas da Billboard pela primeira vez em sua carreira, além de ser nominado ao Grammy pela categoria de Melhor Álbum Pop. Tendo vencido o Grammy diversas vezes, foi ainda incluído no Hall da Fama do Rock and Roll, além do importantíssimo Hall da Fama de Compositores. Taylor foi premiado pelo governo francês com a Ordem das Artes e das Letras e recebeu a honraria da Medalha Nacional das Artes, do presidente Barack Obama, com uma cerimônia na Casa Branca. Em novembro de 2015, Taylor recebeu a honraria mais elevada dos EUA, a Medalha Presidencial da Liberdade e, em 2016, ganhou o Prêmio Kennedy. Todas essas honrarias são entregues anualmente aos indivíduos que enriqueceram a cultura americana com realizações distintas na área das artes performáticas.
Para mais informações sobre o show e a turnê, acesse jamestaylor.com.


Museu Oscar Niemeyer recebe obra de Arnaldo Antunes

O Museu Oscar Niemeyer abriga a intervenção “Yo Soy You”, de Arnaldo Antunes, no chão de vidro, vão-livre do museu. A exibição da obra é uma parceria entre o MON e a Curitiba Literária (evento promovido pela Bienal de Curitiba), e traz a proposta de gerar uma reflexão sobre o diálogo entre artes visuais e literatura.
A mostra também dá início às ações comemorativas dos 30 anos da Bienal de Curitiba, que vai reapresentar anualmente uma intervenção urbana de um artista que já tenha participado da Bienal em edições anteriores. Arnaldo Antunes foi o escolhido para iniciar as comemorações com a obra ”Yo Soy You”.

Bienal de Curitiba 2016 - Em 2016, a Bienal de Curitiba deu início ao projeto Curitiba Literária reunindo grandes nomes da literatura brasileira e paranaense para debater literatura com o público em diversos espaços da cidade.

Arnaldo Antunes - Conhecido principalmente por seu trabalho como músico, Arnaldo Antunes é compositor, poeta, cantor, artista visual e performer. Fez sucesso como membro da banda Titãs, Tribalistas e como artista solo. Em paralelo com a carreira musical, Antunes participou de diversas mostras de artes visuais e performáticas no Brasil e no exterior, como expositor, performer e curador.

Horários de funcionamento do MON no fim de ano

O Museu Oscar Niemeyer (MON) funcionará em horários especiais nos dias 24 e 31 de dezembro, sábado, véspera de Natal e de Ano Novo. Nestes dias, bilheteria, loja e café ficarão abertos das 10h às 15h, com venda de ingressos para o museu até as 14h30. Nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro, domingo, o MON ficará fechado e retorna às atividades no dia 3 de janeiro, terça.
Nos demais dias, o museu funciona normalmente: de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. A entrada tem o valor de R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia-entrada). Nas quartas-feiras, a entrada é gratuita.
Na quarta-feira, dia 28, os visitantes poderão participar de oficina livre, das 11h às 17h, criando bichos e bonecos com massinha de modelar. Haverá também mediação no Pátio das Esculturas, às 15h. O Pátio das Esculturas é uma exposição permanente e ao ar livre, com 18 obras tridimensionais do acervo MON. Não é necessária inscrição prévia para participar, basta comparecer nos lugares e horários indicados, e não há indicação de faixa etária. A entrada neste dia é gratuita.

Mais informações: 3350-4400 ou www.museuoscarniemeyer.prg.br.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sepultura celebra 30 anos e faz show nesta sexta no Trésor

Uma das maiores bandas de heavy metal do mundo, o Sepultura, desembarca nesta sexta-feira (16) em Curitiba para única apresentação no Trésor Eventos (Rua Des. Westphalen, 4000), a partir das 23h59. A apresentação comemora os 30 anos de carreira do grupo, que atualmente é formado por Andreas Kisser, Derrick Green, Paulo Jr. e Eloy Casagrande.
O quarteto comandado pelo guitarrista Andreas Kisser trará um set list com novidades. A principal delas será a execução de “I am the enemy”, pedrada do disco novo, com previsão de lançamento para janeiro de 2017. Também serão apresentadas faixas do lado B do celebrado álbum “Roots” (1996), que levou a banda ao auge no mundo do metal e influenciou vertentes como o Nu Metal. Também deverá compor o repertório “Under my skin”, single lançado ano passado. Por ser uma turnê de celebração da carreira, serão contempladas todas as fases da banda, desde os furiosos primórdios até a evolução para as canções políticas de “Chaos A.D.” (1993).
O Sepultura ficou quase quatro anos sem fazer shows pelo país e volta aos palcos com um repertório variado, com músicas rápidas bem ao peso do ritmo que forma um verdadeiro paredão sonoro.
No transcorrer das últimas três décadas que marcaram a carreira da banda, a cada nova geração de headbangers, o Sepultura se constituiu como referência do "heavy metal" nacional (thrash metal, death metal, black metal, groove metal, nu metal, hardcore e metalcore).

Mais informações: 3315-0808 ou www.diskingressos.com.br.

Regional Boa Vista ganha "geladeira literária"

A comunidade da Regional Boa Vista já pode emprestar livros no Núcleo da Fundação Cultural de Curitiba na Rua da Cidadania Boa Vista. Disponível desde o começo da semana, uma geladeira virou biblioteca e oferece cerca de 100 títulos.
A iniciativa pretende incentivar à leitura e funciona como a Tuboteca. Cada pessoa pode pegar um livro, sem custo e sem a necessidade de fazer cadastro e, após a leitura, o usuário deve devolver o exemplar no próprio local.
A biblioteca conta com diversas obras da literatura brasileira. Entre alguns dos títulos estão “Ontem Agora” e “Poemas inéditos” de Helena Kolody, “Ensaios” de Paulo Leminski, “Crônicas” de Domingos Pellegrini e “Travessias” de Adélia Maria Woellner.
A doação da geladeira veio da jornalista Valeria Prochmann, que obteve o conceito da “Geloteca” a partir de projetos semelhantes na cidade de São Paulo. “Sou ex-diretora da Biblioteca Pública do Paraná, já tive um trabalho grande com projeto de leitura e tudo que a gente puder fazer para levar o conhecimento até as pessoas, a gente deve fazer”.
Além disso, Valéria explica que o projeto não visa somente promover a cultura. "Beneficia também o meio ambiente, já que a geladeira que seria descartada, foi reutilizada e ganhou um novo sentido", concluiu. 

Banda Gripe Forte faz shows no Portão Cultural

A banda curitibana Gripe Forte retorna de uma turnê europeia e faz duas apresentações no Auditório Antonio Carlos Kraide - Portão Cultural. Os shows acontecem no domingo (18), em dois horários: às 17h e 20h.  A banda está lançando o seu DVD ao vivo, produzido com apoio do Fundo Municipal da Cultura da Fundação Cultural de Curitiba. A entrada é franca.
Gripe Forte reúne quatro músicos de outras bandas já consagradas na cena do rock brasileiro e que marcaram presença nos palcos de Curitiba. Fábio Elias, Oneide Diedrich, Giovanni Caruso e Ivan Rodrigues trazem para o show músicas de outros trabalhos, de seus grupos de origem, respectivamente, Relespública, Pelebroi Não Sei, Faichecleres e Blindagem (Ivan Rodrigues é baterista e filho de Ivo Rodrigues, ex-vocalista da tradicional banda paranaense, e contribui com o repertório da Gripe incluindo belas canções do pai).

Mais informações: www.facebook.com/gripeforte123/

Derivada de “Star Wars”, chega aos cinemas a ficção “Rogue One”

Ligado aos personagens de “Star Wars”, a aguardada aventura “Rogue One” chega aos cinemas curitibanos. Outras novidades ficam por conta dos dramas “Sully: O Herói do Rio Hudson”, com Tom Hanks e “Neruda”, indicado pelo Chile ao Oscar de filme estrangeiro. Fecha a lista a comédia nacional “Magal e os Formigas”. Esta é para quem uma paciência interminável...
Continuam em cartaz boas opções como “A Última Ressaca do Ano”, “A Chegada”, “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, “Elle”, “Doutor Estranho”, “Elis”, “Jack Reacher: Sem Retorno” e “O Último Tango” Para as crianças, “Masha e o Urso”, “Trolls” e “As Aventuras de Robinson Crusoé”.
E apenas uma pré-estreia, a animação "Sing: Quem Canta Seus Males Espanta".

MAGAL E OS FORMIGAS - Comédia nacional dirigida pela dupla Newton Cannito (“Saúde S.A.”) e Michael Ruman (“Os Xeretas”) e com Sidney Magal, Norival Rizzo, Zecarlos Machado, Mel Liboa e Imara Reis nos principais papéis. João é um aposentado que está aborrecido com a vida e reclama o tempo todo de seu trabalho. Viciado em loterias, ele está afundado em depressão e não vê esperança. Até que, após um delírio, ele começa a receber visitas do cantor Sidney Magal. Assustado com o fenômeno sobrenatural recorrente, ele irá aprender, com o bom humor da aparição, os jeitos de viver sempre o lado bom da vida.
Indicação etária: 14 anos

NERUDA - Drama chileno que estreou na Quinzena dos Realizadores de Cannes em 2016, foi indicado ao Globo de Ouro e representa o Chile nas indicações ao Oscar de filme estrangeiro. Dirigido por Pablo Larraín ("No") e estrelado por Luis Gnecco, Gael García Bernal, Mercedes Morán e Alfredo Castro, mostra a jornada do poeta Pablo Neruda, um ativo senador comunista no Chile de 1948. Quando o Partido Comunista é posto na ilegalidade, Neruda perde o cargo e é alvo de perseguição e de um mandado de prisão, colocando-se em fuga com sua mulher, Delia del Carril.
Indicação etária: 12 anos

ROGUE ONE: UMA HISTÓRIA STAR WARS - A Lucasfilm lança uma aventura épica totalmente nova com alguns personagens de “Star Wars”. Dirigida por Gareth Edwards ("Godzilla"), se passa em uma época de conflitos. Sua protagonista é Jyn Erso, uma soldado dura na queda. Seu pai, Galen Erso, fez de tudo para protegê-la, mas isso significava prestar alguns serviços não-voluntários para o Império. Afinal, Orson Krennic, um dos membros do projeto secreto da Estrela da Morte do chanceler Palpatine, precisava de alguém para terminar o raio da estação e transformá-la em realidade. Jyn acaba se aliando aos rebeldes e não se faz de rogada para uma missão quase impossível: roubar os planos da Estrela da Morte. Para isso, ela conta com a ajuda de vários outros rebeldes e do droide K-2SO. O elenco conta com Ben Mendelsohn, Felicity Jones, Mads Mikkelsen, Alan Tudyk, Riz Ahmed, Donnie Yen, Diego Luna e Forest Whitaker, entre outros.
Indicação etária: 12 anos

SULLY: O HERÓI DO RIO HUDSON - Novo filme do veterano Clint Eastwood (“Sniper Americano”), mesmo nome do livro de memórias do piloto Chesley “Sully” Sullenberger, escrito em parceria com o jornalista Jeffrey Zaslow. Logo após decolar do aeroporto de LaGuardia, em Nova York  em janeiro de 2009 -, uma revoada de pássaros atinge as turbinas do avião pilotado por Chesley "Sully" Sullenberger. Com o avião seriamente danificado, Sully não vê outra alternativa senão fazer um pouso forçado em pleno rio Hudson. A iniciativa é bem-sucedida, com todos os 150 passageiros a bordo sendo salvos. Tal situação logo transforma Sully em um grande herói nacional, o que não o isenta de enfrentar um rigoroso julgamento interno coordenado pela agência de regulação aérea nos Estados Unidos. Tom Hanks encabeça o elenco, acompanhado por Aaron Eckhart, Laura Linney, Anna Gunn e Autumm Reeser.
Indicação etária: 10 anos
Veja o trailer 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Exposição no MuMA celebra os 40 anos do Circo da Cidade

A partir desta quinta-feira (15), o Museu Municipal de Arte (MuMA) recebe a exposição "O Circo, o Brinquedo e a Brincadeira" com obras dos acervos do MuMa, do Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, do Museu da Gravura, da Casa da Leitura Wilson Bueno, além de uma obra da artista convidada Cyntia Werner. A exposição fica em cartaz até 19 de março de 2017, das 10h às 19h (terça a domingo) e tem entrada gratuita.

Com curadoria e produção de Joseane Baratto, a mostra presta uma homenagem aos 40 anos do Circo da Cidade com de Djanira, Haruo Ohara, Denise Roman, Lívio Abramo, Nilo Previdi, Raul Cruz, Maria Nicolas, entre outros. Além da exposição a sala Célia Neves Lazxarotto abrigará espaço interativo para crianças com gibis para leitura local, tangran e outras brincadeiras.

Fenômeno na internet, Whindersson Nunes se apresenta na Ópera de Arame

Whindersson Nunes, youtuber com o maior número de seguidores do Brasil, desembarca em Curitiba na sexta-feira (16), para show de sua turnê na Ópera de Arame.
Com produção da CWB Brasil e da Massa Play – empresa do Grupo Massa que tem o objetivo de construir e fortalecer experiências culturais e de entretenimento, o espetáculo ocorre a partir das 21 horas.
O artista começou a fazer seus vídeos quando tinha apenas 15 anos. Sua esperança era conseguir algumas curtidas, porém o sucesso foi tanto que explodiu e não parou mais. Em pouco tempo, o comediante transformou-se em um nome incontestável na internet, sendo o canal com o maior número de inscritos no País, ultrapassando até mesmo o famoso “Porta dos Fundos”. Em seguida, o jovem partiu para os palcos com o seu stand up. Com um pouco mais de dois anos na estrada, Whindersson já possui números expressivos com seu espetáculo “Marmininu”, atingindo o surpreendente número de mais de 200 mil espectadores.
O espetáculo intercala as canções de sucesso que bombam na internet, como “Qual é a senha do wi-fi” e “Tão linda”, com esquetes de stand up comedy, em que o youtuber fala sobre a sua infância, aborda conflitos com a mãe de forma hilária e os medos de um menino do interior que ganhou liberdade. Whindersson ainda faz referências aos grandes humoristas do Norte e Nordeste, que trouxeram diversão para muitas gerações.
Nascido em Bom Jesus do Piauí, o humorista surgiu no cenário do humor nacional bem cedo, com 18 anos de idade. Em pouco tempo conquistou mais de 14 milhões de seguidores em seu canal, e a soma de visualização dos seus vídeos já passam 900 milhões.

Indicada para maiores de 12 anos, a apresentação de Whindersson Nunes tem ingressos que variam de R$ 55,00 (meia) a R$ 190,00 (inteira) de acordo com o setor do teatro. A taxa administrativa de R$ 10,00 está incluída no valor. Mais informações: 3315-0808 ou www.diskingressos.com.br.


Grupo Arte da Comédia apresenta dois espetáculos populares

Os dez anos do Grupo Arte da Comédia, comemorados em 2016, vieram repletos de projetos e novidades para o público curitibano. O sucesso do espetáculo “A Loucura de Isabela” – assistido por mais de 4 mil pessoas na Praça Santos Andrade – agora chega ao Teatro Positivo nesta sexta (18), no sistema “pague o quanto vale”. Já a grande novidade do grupo para o dia 20, próxima terça, é a estreia da mais nova peça de rua de cunho popular intitulada “Miranda Ciranda do Amor”, que será apresentada gratuitamente no tradicional palco do grupo: na Praça Santos Andrade. O elenco das peças é composto por Joseane Berenda, Marcelo Jorge, Marcelo Felczak, Pedro Inoue, Wenry Bueno, Gilca Rigotti, Thyane Antunes, Anidria Zienlinski, Lucas Alexandre e Paulo Chiarentini.
De acordo com o diretor artístico do Arte da Comédia, o italiano Roberto Innocente, os dois espetáculos previstos para este mês fazem parte de um amplo projeto de celebração dos 10 anos do grupo curitibano. “Para a comemoração desta primeira década de atuação, estamos projetando a apresentação de dez produções até o final de 2017, entre novas montagens e reprises de repertório”, declara.
O projeto de 10 apresentações durante o próximo ano visa também reforçar no cenário nacional o estilo teatral criado pelo grupo e denominado de “Art Brazilian Comedy”. Nele, atores e atrizes são experimentados nas técnicas da Commedia Dell’ Arte italiana para colocar em cena uma comédia tipicamente brasileira, um teatro de rua que promova a filosofia do grupo: “a arte à disposição do povo”.
Queremos colocar nas ruas a qualidade do teatro fechado por meio de um elenco com séria formação nas técnicas do teatro popular e com participação ativa nas diferentes funções necessárias para a realização de uma peça de teatro”, explica Innocente. O diretor é italiano de Pádova e, em su terra natal, já trabalhou com mestres da comédia, como: Dario Fo e Carlos Boso. No Brasil, já ministrou oficinas por diversos estados sendo que, no grupo Arte da Comédia – por ele fundado, já passaram cerca de 50 atores e atrizes que foram aperfeiçoados nas técnicas da Commedia Dell’ Arte.


Prefeitura garante repasse para realização da 35ª Oficina de Música de Curitiba

A Secretaria Municipal de Finanças confirmou, nesta quarta-feira (14), o repasse dos recursos necessários para a pré-produção da 35.ª Oficina de Música de Curitiba. Assim, o investimento da Prefeitura com o evento em 2016 totalizará mais de R$ 420 mil. Parte deste valor já foi repassada ao Insituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC) e o restante será depositado até a próxima semana. O ICAC é o órgão responsável pela produção do evento.
A 35ª edição da Oficina teve seu custo redimensionado para cerca de R$ 1,7 milhão. Deste total, a Prefeitura, que era responsável por cerca de R$ 2 milhões, irá arcar com aproximadamente R$ 1,3 milhão, que saem do orçamento da Fundação Cultural de Curitiba, dividido em repasses mensais. Além do respasse anunciado ontem, o de janeiro, mais volumoso devido à realização acontecer naquele mês, está garantido no orçamento de 2017. O restante é proveniente de receitas próprias do ICAC – como venda de ingressos e inscrições –, aporte através de Lei Rouanet e patrocínios.
O custo total da próxima Oficina de Música, bem como os repasses por parte da Prefeitura, sofreu redimensionamento financeiro em função das quedas de receitas municipais. No entanto, o valor garante a realização com a relevância que o evento exige e com a manutenção das principais ações. Algumas soluções para otimizar recursos foram importantes, como a centralização de todas as ações na PUCPR. Desta forma a Prefeitura garante que a Oficina de Música de Curitiba seguirá sua trajetória de 35 anos de sucesso, mantendo a qualidade do evento.

Artistas que resistiram à demolição do Teatro 13 de Maio são homenageados

O Centro Cultural Teatro Guaíra presta homenagem à classe artística curitibana com o descerramento de placa comemorativa aos 30 anos do então Teatro 13 de Maio, atualmente nominado Teatro Zé Maria. A cerimônia será nesta sexta-feira (16), às 17 horas, no saguão do teatro, localizado na Rua 13 de Maio, no Centro de Curitiba.
É o reconhecimento do Centro Cultural Teatro Guaíra ao Grupo 13 de Maio, à população, à imprensa de Curitiba e ao jurista Renê Ariel Dotti por esta importante conquista para a arte da cidade”, disse a diretora-presidente do CCTG, Monica Rischbieter.
O Grupo 13 de Maio é composto pela Tamanduá Produções Artísticas (Beto Bruel e Regina Bastos), NBP Produções (Nautílio Portela e Claudete Pereira Jorge in memoriam), M&S Produções (Mário Schoemberger in memoriam) e Divinos Comediantes (Francisco Moura).

HISTÓRICO - A história do prédio onde está o Teatro Zé Maria começa no fim do século 19, quando ali foi instalada a fábrica de malhas e confecções da família Hoffman. Antes de se tornar o atual auditório, o local foi também a Malharia Curitibana e a Fábrica do Samba.
Nos anos 1980, o edifício chamou a atenção do ator José Maria Santos. Junto com outro ator, Irineu Adami - e com recursos da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Paraná, do Serviço Nacional de Teatro, da Secretaria de Estado de Cultura e da Fundação Cultural de Curitiba - foi construído no local o Teatro da Classe.
De 1983 a 1986, o teatro passou por altos e baixos devido à falta de público e de recursos, ao aumento do aluguel do prédio e até mesmo à ausência temporária de José Maria Santos do teatro curitibano.
Foi neste período, o mais difícil do teatro, que os proprietários do imóvel decidiram vendê-lo e os compradores despejaram os ocupantes do prédio. Nesta época, o auditório já era chamado de Teatro 13 de Maio.
Depois da venda, foi iniciada, sem aviso prévio, a demolição das paredes externas da construção. A destruição completa foi impedida devido à intervenção da classe artística e de políticos do Estado. O prédio foi então tombado pelo Governo do Estado e na sequência elaborado o projeto de revitalização do espaço.
Apesar de as obras terem sido começadas, foi após o falecimento do ator José Maria Santos, em 1990, que houve mobilização para transformar o local. Oito anos mais tarde, em 27 de junho de 1998, o Teatro José Maria Santos foi inaugurado sob administração do Centro Cultural Teatro Guaíra, e passou a fazer parte do cenário cultural paranaense. Em 2016 passou a ser chamado de Teatro Zé Maria.

Linha Preta: um passeio pela história da população negra de Curitiba

Uma opção para quem quiser conhecer mais sobre a presença negra e sua participação na formação de Curitiba é percorrer a Linha Preta, roteiro com os principais pontos históricos da população negra em Curitiba. O trajeto fica no Centro da cidade e pode ser feito todo a pé.
O projeto da Linha Preta foi concebido durante o II Congresso de Pesquisadores/as Negros/as da Região Sul- COPENE SUL, organizado pelo NEAB – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Paraná.
O trajeto inicial da Linha Preta reúne 11 pontos, entre eles as Ruínas de São Francisco, a Igreja do Rosário, o Memorial de Curitiba, a Praça Tiradentes e a Sociedade 13 de maio. O roteiro ficará em constante aperfeiçoamento e seu traçado deve abarcar, em breve, o interior de museus, galerias de arte, prédios históricos, teatros, etc.

01 – RUÍNAS DE SÃO FRANCISCO
As Ruínas de São Francisco são, na verdade, uma construção inacabada. Há relatos de que se trata da construção de uma igreja em homenagem a São Francisco de Paula iniciada por um grupo de devotos portugueses no início do século. É inegável a participação de trabalhadores negros na construção desse edifício que exigia mão de obra especializada como a de mestres-pedreiros, por exemplo, que dominavam técnicas variadas de construção, principalmente a alvenaria de pedra. Muitos desses mestres-pedreiros eram negros de ofício, ou seja, oficiais preparados em oficinas especializadas para o exercício de profissões bem conhecidas como pedreiros e ferreiros (José Luiz Mota MENEZES, 2010, p. 115)

02 – IGREJA DO ROSÁRIO
A Igreja do Rosário, em Curitiba, inicialmente chamada de Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito, foi patrocinada, projetada e construída por pessoas negras, em 1737 organizadas em irmandades. Construída em estilo colonial, era maior e mais imponente que a igreja matriz, bem mais simples, construída em madeira onde os/as negros/as não podiam entrar. Provavelmente foi a segunda igreja construída na capital paranaense, pois entre 1875 e 1893 serviu de igreja matriz enquanto a nova catedral era construída. Em 1931 a antiga igreja foi demolida, dando lugar a igreja atual inaugurada em 1946 já sob a responsabilidade da igreja católica.

03 – ARQUITETURA DO LARGO DA ORDEM
Em relação à arquitetura, a contribuição mais conhecida dos povos africanos no Brasil está associada à introdução de técnicas de construção que usavam o adobe e a taipa de mão presentes tanto nas áreas rurais quanto urbanas. Associada à pedra essa tecnologia possibilitou a construção de prédios públicos de grandes proporções em várias partes do país, principalmente igrejas católicas, muitas delas no estado de Minas Gerais.

04 – MEMORIAL DE CURITIBA
Inaugurado em 1996 o Memorial de Curitiba tem um projeto arquitetônico inspirado no pinheiro paranaense. É um importante centro cultural da cidade e abriga várias obras de artes, dentre elas um imenso painel do artista Sérgio Ferro que mostra alguns elementos constitutivos da cultura brasileira. Infelizmente a população negra é retratada de forma estereotipada, reforçando, por exemplo, discursos que operam para a disseminação de ideias sobre as supostas subalternidade e subserviência desse grupo racial, bem como para a hipersexualização do corpo da mulher negra.

05 – BEBEDOURO
A construção do bebedouro data de meados do século XVIII e era bastante utilizado por tropeiros em passagem pela cidade para dar de beber a seus animais. A presença de um número significativo de tropeiros negros é atestada por algumas aquarelas de Jean-Baptiste Debret que os retratou em Curitiba e região.

06 – PRAÇA TIRADENTES
A Praça Tiradentes passou por um processo de ressignificação nos últimos anos pela comunidade negra de Curitiba, especialmente por pessoas ligadas aos movimentos sociais de negras e negros e por praticantes da Umbanda e do Candomblé. Há na Praça Tiradentes um conjunto de Gameleiras Sagradas. A gameleira é moradia de Iroco, um raro orixá de origem Iorubá. Iroco também é moradia de espíritos infantis e está associado a longevidade, já que a gameleira vive por mais de 200 anos. Na praça ainda existe outro símbolo importante para a comunidade negra, um caminho feito de pedras que revela a importância da mão de obra negra para o processo de urbanização da capital paranaense.

07 – ARCADAS DO PELOURINHO
O Pelourinho da Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Localizado na Praça José Borges de Macedo, ao lado do Paço da Liberdade, foi levantado em 04 de novembro de 1668. O pelourinho marcava a fundação de uma vila e também um espaço onde pessoas escravizadas, que por razões diversas, como desafiar o regime escravista, por exemplo, eram castigadas. Embora o pelourinho traga consigo lembranças de um período marcado por muita violência que incidia sobre a população negra, ele também representa as inúmeras formas de resistência desenvolvidas por negras e negros para fazer frente ao regime escravista.

08 – ÁGUA PRO MORRO
Água Pro Morro (1944), localizada na Praça Generoso Marques, é uma criação do artista curitibano ErboStenzel e foi apresentada como trabalho final de curso de escultura na Academia Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro. A obra, originalmente em gesso, retrata Anita, namorada e modelo do artista à época. A escultura mostra uma bela jovem negra com uma lata d’água sobre a cabeça, sugerindo o movimento de quem caminha em direção a um plano mais elevado. De grande sensualidade, a obra dá a impressão de que o vestido usado pela modelo está molhado, por isso cola ao corpo e desenha os seios, mas não os expõem. A cena coloca em discussão algumas questões, como por exemplo, o reconhecimento da beleza da mulher negra e o seu lugar em nossa sociedade, bem como e as políticas públicas que negavam a negras e negros o direito à cidadania. Em 1995 a obra foi fundida em bronze pela prefeitura municipal de Curitiba e colocada na praça Generoso Marques. Desconsiderando as intenções do artista ao criar a escultura, o prefeito à época Rafael Grecca, de forma bastante depreciativa a rebatizou de Maria Lata D’Água.

08 – PRAÇA ZACARIAS – CHAFARIZ
Essa praça faz uma homenagem ao primeiro presidente da província do Paraná: Zacarias Góes e Vasconcelos (1815 -1877), nomeado em 1853. Foi ele quem criou a infraestrutura necessária para o desenvolvimento da recém fundada província que até então pertencia a província de São Paulo. A praça ainda preserva outro elemento importante que marca a presença negra no Paraná, um antigo chafariz que faz alusão ao primeiro sistema de água encanada de Curitiba. Esse sistema foi projetado pelo engenheiro Antonio Rebouças em 1871 e possibilitava que as pessoas tivessem acesso a água potável e também abastecia os aguateiros profissionais que vendiam água de casa em casa.

09 – PRAÇA SANTOS ANDRADE
Na Praça Santos Andrade há um pequeno monumento em homenagem a “Colônia Afro-Brasileira”. Iniciativa da Câmara dos Vereadores, a modesta homenagem é composta por um bloco de granito e uma placa de bronze. Não respondendo a importância desta comunidade para a cidade de Curitiba.

10 – PRAÇA 19 DE DEZEMBRO
O conjunto arquitetônico da Praça 19 de Dezembro, assinado pelo escultor ErboStenzel, é composto por um painel de duas faces, um espelho d’água, um obelisco e a escultura de um homem nu com 18 metros de altura. No painel de duas fases a ideia do artista foi contar um pouco da história do Paraná e seus ciclos econômicos. Já o Homem Nu representa o Paraná dando um passo em direção ao futuro. Com traços negros bem destacados a escultura apresenta ainda forte semelhança com a arte do antigo Egito, com características que permitem dialogar com a Lei da Frontalidade. A Lei da Frontalidade se caracteriza por ser bastante simétrica, em que uma linha imaginária divide a obra em duas partes iguais, estando a figura em pé, sentada ou de joelhos. Os braços estão sempre colados ao corpo, estendidos ou cruzados sobre o tronco. Mesmo em esculturas que retratam pessoas em pé o movimento é contido, ainda que simule uma caminhada.

11 – SOCIEDADE BENEFICENTE TREZE DE MAIO

Conscientes de que precisavam se organizar para defender seus direitos e sua identidade, sua cultura e sua memória, a população negra criou associações e clubes sociais em várias regiões do país, ainda no regime escravista. O Clube Beneficente Treze de Maio foi fundado em de julho de 1888 e ficava numa região conhecida como Boulevard São Francisco, onde vivia um grande número de pessoas negras. O clube ajudava os mais necessitados, comprava material escolar para as pessoas pobres e providenciava enterros dignos a quem não tinha condições. Reinaugurado em 1995 atualmente é conhecido como Sociedade 13 de Maio (Rua Des. Clotário Portugal, 274), importante espaço de preservação da memória e de demarcação da presença sempre ativa da população negra em Curitiba. 

Fotógrafo Marcelo Dallegrave expõe registros de suas viagens

O fotógrafo Marcelo Dallegrave abriu no Armazém La Grappa a exposição “A Viagem de Marcelo”, com 36 fotos (o número remete à quantidade de poses de um rolo de filme) ampliadas em 15cm X 15cm.
Os registros foram realizados ao longo dos últimos dez anos em viagens de férias pelo Brasil, Argentina, Uruguai, México, Cuba, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Inglaterra, Itália e Suíça e selecionados com a ajuda do repórter fotográfico Theo Marques, curador da mostra.

A MOSTRA - Marcelo Dallegrave não é um viajante comum. Ele não participa de qualquer planejamento que antecede uma viagem. Simplesmente vai, livre de expectativas e de informações turísticas, arrastado pela empolgação de quem o acompanha, rumo ao desconhecido.
Em “A Viagem de Marcelo”, interessa o momento em que os pássaros pousam alinhados no gramado do famoso estádio; a arte urbana colada ao bueiro prestes a ser destruída; o recorte geométrico da fachada de um prédio qualquer; a harmonia dos fios, parafusos e tubulações do motor do carro centenário exposto no museu.
Como seu ídolo, o pintor holandês Piet Mondrian, Marcelo converge seu olhar para um pedaço do todo, para as linhas que sustentam a imagem desconstruída, fatiada, mutilada pelas lentes do fotógrafo. Não importa a latitude e a longitude da paisagem no mapa ou a história que lhe deu origem.

O FOTÓGRAFO - Dallegrave começou a atuar profissionalmente com fotografia em 1996, como responsável pelo laboratório e pela cobertura fotográfica de festivais de cinema brasileiros para o acervo do Museu da Imagem e do Som de Curitiba (MIS), instituição na qual hoje atuou posteriormente como conselheiro.
Como repórter fotográfico, foi colaborador da coluna Cinemaskope, do cineasta TiomKim; da revista Pocket; do jornal Alô Negócios; do site O Plano B e da revista TopView.
Foi aluno de Leopoldo Plentz, Claus Meyer, Ruy Guerra e do italiano Francesco Arese, na cidade de Florença.
Premiado no 16º e 17º Salão Curitibano de Artes Visuais (2008 e 2009), participou da mostra “O Cinema no Olhar” (2008), no espaço cultural CafeZau, com uma interpretação fotográfica do clássico “O Retrato de Dorian Gray”.
Registrou a diversidade da cultura paranaense na exposição “Fotobiografia dos Museus do Paraná”. Resultado de uma pesquisa de campo de quatro meses, foi exibida no hall da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (2006) e convertida no livro “Museus do Paraná”.
Participou da “Mostra Itinerante de Imagens dos Jornalistas Paranaenses” (2006), realizada pelo Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor).
Promoveu uma exposição fotográfica individual, com 16 imagens de cinco países do continente Europeu, aberta no James Bar (2006) e posteriormente levada ao Fran´s Café da Praça da Espanha (em Curitiba) e Spaghetto Restaurante (na cidade de Paraty/RJ).
Participou da exposição “24 Horas em Curitiba” (2005), promovida pela Literal Link Comunicação Integrada.
Fez duas participações seguidas no Salão de Artes do Graciosa Country Club (2001-2002).

A exposição fotográfica “A Viagem de Marcelo” fica aberta à visitação até dia 20 de dezembro, no Armazém La Grappa (Al. Dom Pedro II, 390, Batel). Mais informações: 3016-4534 ou 9141-0096.

Museu e Centro de Tecnologias da Sanepar comemoram três anos

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) comemorou os três anos de inauguração do Espaço Tarumã, que abriga o Museu do Saneamento e o Centro de Tecnologias Sustentáveis (Cets). Os dois funcionam no mesmo prédio da Estação de Tratamento de Água (ETA) Tarumã, a primeira de Curitiba, hoje desativada.
O Museu abriga salas de exposição de longa e curta duração, reserva técnica e laboratório de conservação. O Cets é um centro de pesquisas que conta com laboratórios para testes que buscam a melhoria de processos e produtos da Companhia. Inaugurados em 24 de novembro de 2013, abrindo as comemorações internas do Dia do Rio, o Museu e o Centro de Tecnologias são duas pontas importantes da história da Sanepar. Eles ocupam uma área construída de cerca de 5 mil metros quadrados.
No Museu, temos a preservação de nossa história, da memória de todos aqueles inventos, de todas as tecnologias e de todos os homens que ajudaram a construir tudo o que temos de saneamento no Paraná. No Centro, estamos apontando para o futuro, com o que há de mais inovador e tecnológico no setor de saneamento”, diz o diretor de Meio Ambiente da Companhia, Glauco Requião.

MUSEU - Conta com mais de 8 mil itens catalogados no acervo. O visitante pode conhecer objetos, equipamentos, vestuário, mobiliário, fotografias, documentação impressa e manuscrita e de áudio e vídeo, projetos técnicos de engenharia e arquitetura que datam desde 1875.
O espaço conta com uma programação de exposições, algumas delas permanentes. O Museu fica na Rua Engenheiro Antônio Batista Ribas, 151, no Tarumã, em Curitiba, e está aberto à visitação pública de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30. Também são realizadas visitas mediadas. Para mais informações escreva para visitas@sanepar.com.br

CENTRO DE PESQUISAS - Com pesquisadores que são empregados da Sanepar e outros de instituições externas, em intercâmbio, o Cets realiza diversos tipos de investigação científica. A equipe produz artigos e livros com os resultados de seus trabalhos e auxilia áreas operacionais da Sanepar a melhorarem seus processos, de forma mais sustentável, econômica e eficiente.
O Centro possui laboratório de protótipos, com tecnologia para monitoramento da produção de biogás em Foz do Iguaçu, estações-piloto de água e de esgoto, biblioteca e a Sala dos Continentes, criada para abrigar pesquisadores de instituições estrangeiras, durante seu período de estudos na Sanepar.
Atualmente, a Companhia conta com a parceria de diversas entidades de pesquisa, como a Universidade do México, a Universidade de Stuttgart, na Alemanha, e a Unesco-IHE, da Holanda, além de parceiros nacionais.

ESPAÇO TARUMÃ - Inaugurada em 1945, a ETA Tarumã, foi a primeira grande obra de engenharia de saneamento, abastecendo com água tratada a população de Curitiba e, posteriormente, Pinhais, por mais de cinco décadas. Em 2011, o prédio da ETA Tarumã, onde funciona Espaço Tarumã - com o Museu do Saneamento e o Centro de Tecnologias Sustentáveis - tornou-se uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP), tendo reconhecido seu valor como patrimônio histórico de Curitiba.

EXPOSIÇÃO - Para as comemorações do aniversário do Espaço e do Dia do Rio, o Museu abriu a exposição “A Água da Sanepar é de Beber”, com imagens produzidas por seus empregados e escolhidas em um concurso interno para ilustrar o calendário de mesa da Companhia em 2017. A exposição permanece durante o próximo ano na entrada do auditório do Espaço Tarumã.

Galeria Ybakatu inaugura mostra "Quiçá", de Hugo Mendes

Operando na prática fragmentária e na diversificação de materiais, assim segue a mais recente exposição do artista Hugo Mendes. Será apresentada uma nova série de trabalhos, a qual atua na convergência e conexões entre conceitos distintos gerando uma mostra não planificada. O artista desdobra a sua produção como parte de processos de decantamento, sem deixar de lado aquilo que mais se repete em sua produção: o afastamento autoral. Pois embora realizadas por meios artesanais, estas peças possuem características típicas da produção industrial, fazendo com que qualquer vestígio da sua produção artesanal seja ocultado. Uma vez afastados, o papel autoral e o tempo demarcado da produção, o que mais importa diante destes objetos, não são os objetos físico/artísticos em si, e sim, a imagem simbólica e o diálogo não-discursivo que existe na essência entre o objeto e o espectador.
Hugo Mendes nasceu em 1981, em Curitiba, onde vive e trabalha. Licenciado em Artes Visuais com ênfase em computação pela UTP (2006); pós-graduado em Ensino das Artes Visuais: práticas pedagógicas e linguagens contemporâneas pela UTP (2011); professor das faculdades de Artes Visuais, Arquitetura e Urbanismo e Fotografia da Universidade Tuiuti do Paraná desde 2012.http://ybakatu.com/hugo-mendes/sobre-o-artista

Sobre a Ybakatu - A Galeria Ybakatu Espaço de Arte atua há 20 anos no cenário de artes visuais. Realiza mostras individuais e coletivas, participa de feiras de arte e representa artistas brasileiros e internacionais. É associada à ABACT-Associação Brasileira de Arte Contemporânea. Entre os artistas da galeria estão Alex Flemming, Brandon LaBelle, C.L. Salvaro, Cláudio Alvarez, Cristina Ataide, Debora Santiago, Fernanda Magalhães, Fernando Augusto, Fernando Cardoso, Fernando Ribeiro, Francisco Olivares Díaz, Glauco Menta, Hugo Mendes, Isaque Pinheiro, João Loureiro, Ligia Borba, Marcelo Scalzo, Marcus André, Marta Neves, Ricardo E. Machado, Rogério Ghomes, Sebastiaan Bremer, Sonia Navarro, Tatiana Stropp, Yiftah Peled e Washington Silvera.

A Galeria Ybakatu está situada na rua Francisco Rocha, 62, lj. 6, Batel e os trabalhos de Hugo Mendes podem ser vistos de segunda a sexta, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 17h. Mais informações: 3264-4752 ou www.ybakatu.com. A entrada é franca.

Quatro pianistas e um instrumento: PianOrquestra vem à Caixa Cultural Curitiba

A Caixa Cultural Curitiba apresenta, de 16 a 18 de dezembro, o espetáculo de um dos grupos mais inovadores do atual cenário da música instrumental brasileira, o PianOrquestra, que terá a participação especial da cantora paulista Ná Ozzetti. O show em Curitiba marca também o lançamento do novo DVD “Multifonias”.
Luvas, baquetas, palhetas de violão, fios de náilon, sandálias de borracha, peças de metal, madeira, tecido e plástico permitem ao PianOrquestra explorar as infinitas possibilidades de timbres e sonoridades produzidos pelo piano, transformando o instrumento em sua própria orquestra.
Com quatro pianistas, um piano preparado e uma percussionista, o espetáculo tem ainda elementos da dança, do teatro, das artes visuais e da tecnologia, aliados a um alto nível de performance. O trabalho é fruto de dois anos de pesquisas intensas.
O PianOrquestra tem direção artística do consagrado pianista Claudio Dauelsberg, que se apresenta ao lado das pianistas Marina Spoladore, Priscila Azevedo, Anne Amberget, e de Masako Tanaka, percussionista japonesa apaixonada por ritmos brasileiros, que completa o time de craques.
O repertório do show é muito familiar ao público. Varia do afoxé ao samba, passa pelo maracatu, ciranda e outros ritmos. Entre os compositores selecionados pelo PianOrquestra estão Ernesto Nazareth, Milton Nascimento, Noel Rosa e Chico Buarque.

Não recomendadas para menores de 10 anos, as apresentações do PianOrquestra acontecem sexta-feira, às 20h; sábado, às 19 e 21h; domingo, às 19h. Os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia, conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito Caixa). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura. Mais informações: 2118-5111.

Sarau Musical Pop/Rock revela músicos do cenário paranaense

Em sua segunda edição, o Sarau Musical Pop/Rock terá mais uma noite de apresentações, no próximo domingo (17), às 16h, no Teatro Sesi Portão. O projeto surgiu com o objetivo de apresentar e revelar músicos independentes do cenário local paranaense com apresentações no estilo sarau, incluindo os mais variados estilos musicais.
A ideia é projetar e dar visibilidade aos músicos locais fornecendo um espaço para a apresentação de seus trabalhos, espaço esse que não é facilmente encontrado na cidade de Curitiba e nem mesmo no restante do Estado”, conta a organizadora e também artista, Isabela Bueno. Além disso, o projeto visa a troca de experiências entre os artistas, proporcionando crescimento para ambas as partes e o enriquecimento do ambiente.
A primeira edição aconteceu no mês de novembro, no Teatro Sesi São José dos Pinhais e reuniu 8 músicos. Para a próxima apresentação, estão confirmados os músicos: Amanda Jones, Ives Goulart, Soluna Kotka, Jéssica Trevizani, Marcos Schotgues, Mary Pontes, Denise Bernardinelli, Eugênia e Amantes Ladinos.

O Sarau Musical tem ingressos gratuitos, que podem ser retirados na secretaria da unidade Sesi Portão, rua Padre Leonardo Nunes, 180. Mais informações: 3271-8450.

Big Time Orchestra e Carol Passos abrem segunda temporada do "Ao Vivo na Capela"

A Capela Santa Maria é palco da segunda temporada do projeto “Ao Vivo na Capela”, parceria entre o Fundação Cultural de Curitiba e o Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC). A banda Big Time Orchestra e a artista curitibana Carol Passos estreiam o primeiro clipe da série, com a faixa “Fico ou não fico” (assista ao vídeo no final do texto). Os novos episódios irão ao ar sempre às segundas, quartas e sextas-feiras.
O projeto conta com a participação de dezenas de músicos curitibanos, representantes de vários estilos, que tiveram suas composições gravadas em vídeo no interior da Capela Santa. O objetivo é, ao mesmo tempo, destacar a produção musical curitibana e o espaço de shows. Em parceria com o blog “Música Urbana” do jornal Gazeta do Povo, os 17 episódios serão publicados no site do jornal, no Facebook da FCC e em canal exclusivo no Youtube.
O diretor artístico do projeto e superintendente da FCC, Igor Cordeiro, destaca que a primeira temporada conseguiu cumprir o objetivo com sucesso, gerando uma repercussão muito positiva para os vídeos e gerando uma grande demanda dos músicos para a nova temporada. Os 17 vídeos da primeira temporada – publicados entre março e junho deste ano - foram assistidos mais de 1 milhões de vezes nas redes sociais. “Esses novos clipes tiveram ainda um aprimoramento técnico e uma evolução na estética do projeto, que seguramente chamarão ainda mais atenção para os artistas participantes”, diz.

2ª TEMPORADA - O clipe de estreia traz a curitibana Carol Passos, de apenas 13 anos, revelada no programa The Voice Kids. Já a Big time Orchestra surgiu para o grande público durante sua participação no programa Superstar da Rede Globo, onde atingiu destaque no cenário nacional.
Além do primeiro episódio, a temporada trará ainda clipes de Anacrônica, Blindagem, Cida Airam e Juliana Cortes, Dino Bacciotti e Marcelo Archetti, Gringo's Washboard Band, Klezmorim, Lucian Araújo, João Triska, MUV, Namorada Belga e Pietro Domiciano, Neguers, Paraguaya & Les Infamês, Rapha Moraes & The Mentes,Rogéria Holtz, The shorts e Yuri Lemos e Projeto Gota.
Os clipes são divulgados pelo Facebook da FCC (facebook.com/fundacaoculturaldecuritiba) e ficarão disponíveis no canal do Youtube (http://bit.ly/aovivonacapela).
A escolha dos artistas foi feita através de um edital público lançado pelo ICAC, levando em consideração trabalhos comprovadamente reconhecidos pelo público, com experiência de no mínimo um ano na execução de shows ou concertos, comprovados por meio de declarações, atestados, materiais jornalísticos, entre outros. A curadoria foi feita por uma comissão técnica composta por profissionais da área e da FCC.

A CAPELA - A Capela Santa Maria foi inaugurada em 15 de outubro de 1939, como parte do conjunto de edificações que compunha as antigas instalações do Colégio Santa Maria, que funcionou no local por quase 60 anos. Propriedade do município desde 1998, a construção foi inserida no programa de Recuperação dos Espaços Culturais e revitalização da região central da cidade.
A restauração e adaptação, finalizadas em 2008, fizeram surgir uma sala de concertos com 203 lugares na plateia e 75 lugares nos mezaninos laterais e no primeiro balcão. Há lugares reservados para portadores de necessidades especiais, além de elevador e rampa de acesso que atendem aos portadores de deficiências físicas.
As janelas das salas de ensaio receberam vidros especiais para amenizar os ruídos externos e melhorar a qualidade acústica, garantindo condições adequadas para os encontros da Camerata Antiqua e de outros importantes grupos musicais que formam a programação do espaço.

As obras e a nova ocupação da Capela Santa Maria, inaugurada em janeiro de 2008, durante a Oficina de Música de Curitiba, são um marco na preservação da memória e no registro histórico do patrimônio da cidade. 

Humorista Paulinho Mixaria se apresenta neste sábado no Teatro Positivo

Como tradicionalmente acontece no último mês do ano, o Teatro Positivo recebe o divertido gaúcho Paulinho Mixaria com o show “Humor à Moda Antiga - Temporada 2016”. Com repertório prá lá de renovado e os contos de maior sucesso da trajetória, Mixaria promete arrancar muitas gargalhadas de crianças e adultos com seus "causos". O show que será neste sábado (17), às 21 horas, é indicado para a família toda.
Paulinho Mixaria tem cativado cada vez mais fãs pelo Brasil. No palco, ele vive o personagem do típico gaúcho do interior, com histórias de causos cotidianos, envolvendo situações engraçadas da política, da atualidade, e não deixa de fora nem as sogras, as quais ele vê com muito carinho.
O que mais alegra o comediante, sem dúvida, é a presença das crianças na plateia. Segundo Paulinho Mixaria, foi pensando nos pequenos que decidiu investir no humor sadio. “Fazer o humor, sem restringir nenhuma idade, podendo ver a presença das crianças, que assistem o meu show acompanhadas pelos pais e avós, me realiza no palco”, observa.
Esta apresentação de Paulinho Mixaria tem ingressos que variam de R$ 53,00 (meia) a R$ 108,00 (inteira) de acordo com o setor do teatro. A taxa administrativa de R$ 8,00 está incluída no valor. Mais informações: 3315-0808 ou www.diskingressos.com.br.


UEL publica livro que mapeia "cidades fantasmas" do Brasil

O professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo do CTU, Nestor Razente, lança nesta sexta-feira (16) o livro "Povoações abandonadas no Brasil" que faz um levantamento inédito sobre cidades brasileiras que morreram, ou seja, perderam suas populações, deixando um rastro de ruínas, além do registro histórico.
O livro sai pela Editora da UEL (Eduel) e será lançado durante noite de autógrafos marcada para esta sexta, a partir das 19h30, no Museu Histórico de Londrina.
O autor explica que oito cidades brasileiras deixaram de existir entre os séculos 19 e 20 - Ararapira (PR), Biribiri (MG), Airão Velho (AM), Desemboque (MG), Bom Jesus do Tocantins (TO), Cocori (SE), Fordlândia (PA) e Ouro Fino (MG).
Destes municípios o professor conseguiu visitar pelo menos três, onde fez um levantamento sobre as ruínas, condições topográficas, além de registros fotográficos. Os demais o professor conseguiu reunir materiais inéditos, que estão organizados no livro em 372 páginas, com 97 imagens.
Nestor Razente explica que uma cidade passa a ser considerada fantasma quando não há registro de moradores ou no máximo uma família. O interesse pelo tema se dá pelo fato dos urbanistas mostrarem grande preocupação com planejamento urbano e problemas de grandes metrópoles, em detrimentos de pequenos municípios. Para fazer o levantamento, o professor considerou registros históricos. Ao todo foram três anos de pesquisa, um ano para a redação final e 22 meses para ter em mãos a edição finalizada. Toda a pesquisa foi bancada com recursos próprios.
"Existe uma lacuna na história do planejamento e do urbanismo. Os campos de conhecimento focam sempre crescimento urbano, deixando de lado as evidências históricas", destaca o professor. Segundo ele, enquanto no Brasil existem oito municípios fantasmas catalogados, nos Estados Unidos a documentação científica aponta para a existência de aproximadamente 900 cidades e vilas que desapareceram.
Os americanos defendem uma linha acadêmica denominada Urban Declain, que foca o estudo aprofundado de vilas, cidades e povoados do país. Entre as causas deste chamado declínio que assola cidades está a mudança de atividade econômica. Detroit, no estado de Michigan (EUA), chegou a ter 2,4 milhões de habitantes há cerca de 20 anos, e hoje tem pouco mais de 700 mil, segundo o Censo de 2010. De acordo com o professor, a cidade está desurbanizada, enfrentando problemas na área de segurança e demais serviços públicos.

PARANÁ - O exemplo paranaense de cidade fantasma é o município de Ararapira, no Litoral. Segundo levantamento feito pelo professor, o município atualmente é uma reserva protegida por legislação.
A decadência ocorreu no Século 19 quando foi feito um canal para interligar a cidade ao Porto de Paranaguá. Esta ligação mudou as correntes marítimas e acabou provocando uma grande devastação da área do município. Hoje o canal está assoreado e a área urbana foi invadida pelo mar.
Ararapira tem somente uma Igreja, um cemitério e algumas poucas moradias de veraneio. Não há nenhum habitante fixo. O acesso se dá por via terrestre precária ou por barco, contando com maré alta. "Há uma lenda que narra que a última moradora, que morreu afogada em Ararapira, aparece eventualmente no cemitério municipal", lembra o professor.
O exemplo paranaense é semelhante ao de outros municípios fantasmas do país, que por uma ou outra razão deixaram de existir. Outro exemplo é Airão Velho. A cidade não resistiu à mudança econômica depois do auge do ciclo da borracha. "Esse é o grande espanto. Em pleno Século 21, à medida que o mundo se urbaniza assistimos cidades morrendo, uma grande contradição", sustenta o professor.