segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Lobão solta o verbo e conta tudo o que você sempre quis saber sobre o rock brasileiro dos anos 80

Com muito humor e, como não poderia ser diferente, sem papas na língua, o cantor e escritor Lobão revive as amizades, as parcerias, as primeiras derrotas, as decepções, as drogas, a baixa autoestima, as gravações ruins e, ao mesmo tempo, as grandes canções que marcaram a história do rock nacional e da década de 1980 neste “Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock” (Leya, 496 págs). Ele se confronta com as contradições daqueles anos, sua atmosfera política e o desinteresse da nova geração de músicos que surgia pelo que chama de "desgastada e empolada linguagem da ingênua, presunçosa e reacionária MPB".
Os anos 1980 ficaram conhecidos como a década perdida. Mas, apesar dos penteados esquisitos, das ombreiras, do Xou da Xuxa, e da hiperinflação, também foram anos de muito rock and roll. Pelo olhar de alguém que abraçou a vida bandida daquela época, o “Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock” apresenta um retrato irreverente, sincero e pessoal do Brasil a partir dos bastidores de uma de suas principais expressões culturais. Tomando o devido distanciamento temporal dos acontecimentos, Lobão (ao mesmo tempo um dos sócios-fundadores daquele rock e um de seus maiores críticos) não poupa palavras para, de uma vez por todas, contar todas as verdades sobre os anos 80 - de sua alegria inicial e real esperança à decadência.
"Por que o melhor dessa década se esvaneceu? Por que será que não deixou nenhum legado? Foram as mortes de artistas fundamentais um fator decisivo? Certamente isso contribuiu de forma dramática para a derrocada... Mas será que foi só isso? É o que veremos", escreve o autor.
Este é um verdadeiro representante da família “Politicamente Incorreta”. Um guia repleto de farpas, ironia, e polêmica, como se espera de um livro desta coleção, e também, de uma obra escrita por Lobão.

O autor - Nascido no Rio de Janeiro em 1957, Lobão iniciou carreira como baterista com o grupo Vímana (com Lulu Santos e Ritchie), em 1974, e, posteriormente, com a Blitz. Em 1982 lançou seu primeiro álbum solo, “Cena de Cinema”. Compositor de grandes sucessos como "Me Chama", "Vida Bandida", "Rádio Blá", "Decadence avec Elegance", "Vida Louca Vida" e "Corações Psicodélicos", em 1999 decidiu lançar por conta própria o álbum “A Vida É Doce”, que, comercializado em bancas de jornal de todo o Brasil, alcançou o posto de segundo disco mais vendido de sua carreira. De 2003 a 2008 editou a revista “Outra Coisa”, que a cada edição trazia o CD de um músico independente (BNegão, Cachorro Grande e Mobojó, entre outros). Em 2007 lançou o CD e DVD “Acústico MTV”, que lhe rendeu o Grammy de Melhor Disco de Rock. “Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 Pelo Rock” é seu quarto livro, após os best-sellers “50 Anos a Mil”, “Manifesto do Nada na Terra do Nunca” e “Em Busca do Rigor e da Misericórdia”.

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